Arrancou a 8 de Janeiro e tem um objetivo principal: aproximar jogadores e restantes profissionais de padel a todos os amantes da modalidade em Portugal. Pensado e conduzido por Tomás Mesquita Guimarães, com produção de Gonçalo Fonseca, o podcast “Dupla Falta” é mais um exemplo de um produto de qualidade, que procura acabar com a letargia que existia na área de comunicação do padel português.

Nos primeiros episódios, alguns dos principais jogadores nacionais foram protagonistas de conversas “tranquilas e pouco evasivas”, feitas num ambiente de “amigos” e, por esse motivo, o Padel 365, que passará a ser parceiro do “Dupla Falta”, conversou com Tomás Guimarães, que, para além de contar como foi o início da sua ligação ao padel, falou do 88 Padel House, clube em Matosinhos do qual é um dos sócios, e revelou quais são as suas ambições futuras para o “Dupla Falta”.

Com meia dúzia de anos de ligação ao padel, que teve início quando estava a tirar a licenciatura em Gestão de Marketing no Instituto Português de Administração de Marketing (IPAM), Tomás Mesquita Guimarães começa por contar que tirou “o curso de treinador a Chaves com o Nuno Mateus” e, depois de ir para Lisboa trabalhar, integrou “a equipa do Padel Expo”.

Há menos de três anos, por sentir que havia falta de ofertas de qualidade, numa conversa com um amigo nasceu a ideia de criar uma competição: “A ideia surgiu de uma conversa com o André, um dos meus melhores amigos, que agora é meu sócio. Inicialmente pensamos em algo que não implicasse muito investimento e, assim, criamos a liga 88 Padel.”

A partir daí, continua Tomás, começaram a perceber “que havia espaço no mercado e a organização dos torneios” possibilitou que conhecessem “pessoas que hoje são muito importantes”. “Uma delas é o Pedro Teixeira da Mota, que é sócio no 88 Padel House. Numa conversa mostrou-se disponível para investir num clube de padel e nós já tínhamos todo o plano negócio feito. Tudo aconteceu naturalmente e encontramos um espaço muito bom, que espero que seja o primeiro em Portugal.”

Localizado em Matosinhos, o 88 Padel House, diz Tomás Guimarães, tem como prioridade “a aposta na formação”. “Fomos buscar o Chope [treinador argentino] a Madrid já a pensar nisso. Já existe muita concorrência e muitos clubes, mas, para nós, na zona Norte não havia ainda um treinador de referência. Os resultados estão à vista e, arrisco dizer que, se não temos a melhor, temos uma das melhores academias jovens em Portugal”, sublinha.

Conhecendo muitos jogadores profissionais, com quem teve “a sorte de partilhar muito tempo”, Tomás acho que o passo seguinte pode ser “algo ligado à comunicação”. “Já tinha tido um podcats na altura da pandemia, algo mais amador, e falei com o Gonçalo Fonseca, que é o produtor, e entendemos que havia margem para fazermos algo de qualidade”, avança.

Dessa forma, surgiu no início do ano o “Dupla Falta”, um podcast que “acaba por ser feito de forma tranquila e pouco evasiva”: “É uma conversa descontraía entre amigos. Tenha a felicidade de ter uma relação muito boa com eles”.

Com este podcast, Tomás Guimarães diz que pretende “aproximar os jogadores profissionais dos sociais”, uma vez que “todos acompanhamos os resultados deles”, mas ainda “faltava essa vertente mais próxima com os profissionais. O objetivo é aproximar todas as pessoas ligadas ao padel aos amantes da modalidade”.

Sem colocar uma meta no formato do “Dupla Falta”, Tomás Guimarães revela que “à medida que os episódios foram sendo lançados, foram surgindo mais jogadores” e “já surgiu a possibilidade de ir a Madrid gravar com alguns dos melhores jogadores do Mundo”.

Assim, o futuro do podcast, que passará a ser semanalmente partilhado no Padel 365, fica em aberto. “Enquanto houver disponibilidade financeira e de tempo, eu vou continuar. Gosto de o fazer, sinto-me bem e sinto que o feedback está a ser muito positivo. Mais do que estava à espera. Há margem para crescer e, enquanto houver, vou continuar”, conclui Tomás Guimarães.