Madrid Premier Padel 2022

2024 será o último ano em que Fernando Belasteguín jogará a nível profissional. O jogador com o melhor currículo da história do padel já o tinha afirmado no passado e, em entrevista ao jornal Marca, reforçou a sua ideia. O motivo, segundo Bela, é que não quer continuar no circuito internacional sem ser competitivo: “Se os melhores não jogarem bem posso vencê-los. O que não quero é defrontá-los, sabendo eles que me vão vencer, não importa o que façam.” O argentino falou ainda da evolução do padel – “Acho que ainda é um bebé, que está a dar os primeiros passos” – e revelou um dos seus planos para o futuro: “Com a marca Wilson Bela, quero criar uma academia para ajudar os jogadores sem recursos financeiros.”

Com uma carreira ímpar no padel, onde conquistou títulos atrás de títulos ao lado de Juan Martín Diaz, Pablo Lima, Agustín Tapia, Sanyo Gutiérrez e Arturo Coello, Bela começou por explicar que ficará de fora da Hexagon Cup por querer ser “escrupuloso com a equipa, com os organizadores” e com o seu parceiro para 2024, Lucho Capra. “Como não estou totalmente recuperado do problema no cotovelo, expliquei a situação e serei capitão. Lesionei-me no ano passado, tive uma recaída no Premier Padel de Milão e agora quero voltar totalmente recuperado.”

Sobre a época que agora vai começar, reiterou que será a “última temporada”, porque quer sair sendo ainda “competitivo”: “Se os melhores não jogarem bem posso vencê-los, e o que não quero é defrontá-los, sabendo eles que me vão vencer, não importa o que façam.”

Mesmo procurando manter uma excelente condição física, Bela, que este ano vai cumprir 44 anos, diz que “há algo contra o qual vai perder inexoravelmente”: “Chama-se idade. É hora de sair esta temporada, em que comemoro trinta anos como profissional.”

Satisfeito por ter assistido à evolução do padel “em primeira mão, desde os campos de cimento” até competir em Roland Garros, “algo que nem imaginava”, Belasteguín acredita que o padel “ainda é um bebé”, que está dar “passos para começar”. “Vamos ver até onde vai. Não consigo imaginar como será o jogo em 2030, por exemplo.”

A terminar, Bela falou de um seus projetos. Para além de querer “terminar bem” na “despedida”, o jogador argentino pretende ajudar os mais desfavorecidos, criando “uma academia para ajudar jogadores sem recursos”.