
É uma troca de bolas que, certamente, não beneficiará ninguém. Um dia depois de Alejandra Salazar dar uma entrevista ao jornal Marca onde afirmou que Gemma Triay lhe tinha garantido que continuariam a jogar juntas até ao final de 2023, a menorquina ripostou em conversa com o mesmo jornal espanhol, passando ao ataque: “A relação pessoal estava a afectar-me demasiado para render na pista.”
Nos últimos anos formaram uma dupla que somou sucessos sucessivos e a marca “TriAzar” tornou-se num dos produtos mais fortes do padel internacional. Porém, a parceira entre Gemma Triay e Alejandra Salazar não terminou bem.
Após Salazar dar uma entrevista à Marca onde deu a sua versão sobre o fim do projeto com Triay, revelando alguma desilusão pela postura da antiga parceira, a menorquina respondeu da mesma forma: ao ataque.
A número 3 do World Padel Tour admitiu ao jornal espanhol que teve “férias difíceis e diferentes” com “a rutura”, tendo contado com o apoio da família, que a ajudou muito a distrair-se e “a aprender a relativizar as coisas”.
No entanto, depois de ler entrevista à Marca de Salazar, Gemma diz que “tinha o direito de contar como tinham sido as coisas”, porque não lhe parece “justo”, nem sua família “que tem sofreu muito”, ou aos “patrocinadores e seguidores”.
Segundo Gemma, tudo começou em Marbella, no final de Junho: “Sabia que ela estava com dores no cotovelo, mas não sabíamos que a operação poderia ser tão precoce. Percebi em Marbella, com ela a jogar e nem conseguir rematar. Assim que perdemos a partida dos quartas-de-final, escrevi-lhe para conversarmos e encontrar as melhores opções.”
Com a cirurgia a Salazar a tornar-se inevitável, Gemma revela que ligou a Marta Ortega, a quem contou o que estava a acontecer, propondo-lhe “jogar seis torneios” e, depois do Málaga Open, decidiria “o que aconteceria”.
E o que aconteceu, diz Gemma, nada a teve a ver com os resultados que obteve com Ortega. Segundo a espanhola, as suas dúvidas resultaram de algo que se “arrasta” desde o ano passado e que “ficaram para segundo plano”, por terem conseguido “o número 1”.
“Acho que este ano se viu dentro e fora da pista, que a comunicação não era como antes, e não era como deveria para uma dupla resultar a 100%. Não quero culpar a Ale, é uma relação de uma dupla e, como em qualquer outra, há desgaste.”
Gemma reforçou em seguida que o “problema é pessoal” e que Alejandra sabe-o. “As coisas entre nós não estavam bem desde meados do ano passado, quando dissemos muitas coisas que nos afetaram e nos magoaram pessoalmente”, afirmou.
Segundo a jogadora de Palma de Maiorca, “tem sido muito difícil” reagir à forma como terminou a dupla com a madrilena, porque sempre imaginou “terminar de uma maneira diferente”: “Decidi isso porque, pessoalmente, estava a afetar-me demasiado para jogar”.
A finalizar, Gemma diz que o que mais lhe custa é dizerem que se separou de Salazar devido à lesão. “Não tenho dúvidas de que ela vai voltar muito bem. Conheço-a perfeitamente e sempre disse que ela é fora de série. Sei que têm uma capacidade de sofrimento como poucas, e espero que volte muito, muito bem, porque desejo-lhe o melhor.”