Pela primeira vez desde 2020, Gemma Triay não terminou o ano como líder do ranking do World Padel Tour, mas a jogadora de Menorca continua a manter a confiança na parceria com Marta Ortega. Numa entrevista à agência de notícias espanhola EFE, Gemma deixou elogios à atual parceira, disse o que espera do Premier Padel, deu a sua opinião sobre o final do ponto de ouro e falou ainda das dificuldades que sentiu após a transição do ténis para o padel.

Na entrevista à EFE, Gemma começou por dizer que estranhou os rumores sobre uma possível separação, embora considere que como “os últimos três torneios” não correram bem, “é fácil falar”. “A minha ideia quando terminei com Alejandra [Salazar] era fazer este ano com Marta e continuar em 2024”, assegurou.

As especulações sobre a possível separação de Marta Ortega, levaram Gemma a falar de novo sobre a rutura com Salazar. Para a espanhola, “isso faz parte do desporto, as etapas chegam ao fim”. “Os dois anos e meio que jogamos juntas foram inesquecíveis. Gosto muito da Alejandra, mas senti que precisava fazer uma mudança.”

Sobre Marta, Gemma diz que a atual parceira “é uma jogadora que é uma maravilha fisicamente”: “Nunca a vi cansada. Acho que ela nunca perdeu um jogo por cansaço, tem um potencial enorme. Nos treinos tem um repertório de ferramentas muito amplo e talvez não acredite que é muito boa, porque é.”

Olhando para o próximo ano, a jogadora acredita que a transição do World Padel Tour para o Premier Padel trará “um salto” de qualidade. “Jogamos este ano em locais emblemáticos e será mais parecido com o circuito de ténis. Temos de ambicionar isso, temos de pensar grande.”
Outro tema abordado, foi o fim do ponto de ouro. Gemma revela que concorda com o regresso das vantagens, embora entenda que “para o público o ponto dourado é mais atrativo, é mais emocionante”, mas “dá um fator de sorte” que desagrada à espanhola. “Com a vantagem no final é preciso fazer dois pontos seguidos. Para mim é mais justo, é como se ganhasse o melhor. Eu gosto mais da vantagem.”

A terminar, Gemma comentou uma das principais dificuldades que entrou ao fazer a transição do ténis para o padel: a comunicação. “O que foi mais difícil para mim quando cheguei ao padel, foi saber comunicar com meu parceiro e saber quando poderia falar com ele e saber o que ele precisava. Não é fácil, mas para mim é fundamental trabalhar com um psicólogo desportivo e sentir-me bem com o parceiro, fazendo terapia conjunta.”