Um grupo de cidadãos, vizinhos do terreno cedido pela Câmara Municipal de Oeiras (CMO) para a localização da Cidade do Padel, lançou uma petição através da qual pretende que a Assembleia Municipal de Oeiras delibere a suspensão da construção do complexo.

Evocando “razões de caráter legal, ético, ambiental e de qualidade de vida”, os subscritores do documento recorda que, segundo “o Plano de Pormenor do Alto de Santa Catarina”, o Lote 100 onde está previsto o complexo, “se destina à construção de uma creche, um jardim de infância e um centro desportivo juvenil”, sendo que “a construção da Cidade do Padel, não correspondendo a nenhum daqueles equipamentos” e inviabiliza a construção de uma “creche que é um equipamento social muito necessário à comunidade”.

Na petição, pode ainda ler-se que “o terreno foi cedido em direito de superfície” à FPP “em condições muito vantajosas, por esta ser uma entidade de utilidade pública e destinado a ser um Centro de Formação. Porém, pouco depois, após um concurso relâmpago, foi estabelecido entre aquela Federação e o consórcio privado único concorrente, um contrato de construção e exploração pelo qual aquela aufere, entre outros proveitos, um valor (142.800 €/ano) cerca de dez vezes superior ao que paga à CMO (14.767 €/ano), podendo ainda por cima fazê-lo em horas de cedência dos campos à autarquia”.

É ainda dito que “uma infraestrutura desta dimensão numa zona residencial irá criar um impacto negativo significativo em termos de tráfego e estacionamento” e ficará instalada “numa zona hoje sossegada”, indo “interferir no repouso dos moradores, e prejudicará as aulas das crianças e alunos do futuro Centro Escolar a instalar no perímetro da ES Amélia Rey Colaço.”

A petição está disponível AQUI