
Os números foram apresentados pela FIP, têm por base os resultados obtidos nos circuitos da federação internacional (Premier Padel e CUPRA FIP Tour) em 2024 e ajudam-nos a perceber qual é o peso da idade nos jogadores que competem na elite do padel mundial. E a conclusão mais imediata, é que nas mulheres a idade pesa menos do que nos homens: ao contrário do que acontece nas provas masculinas, a percentagem de vitórias nas competições femininas não sofre grandes quebras quando comparadas as faixas etárias de 20-29 e 30-39 anos.
Analisando os dados fornecidos pela FIP, constata-se que, sem surpresa, é na faixa dos 25-29 anos que se encontra a maior taxa de efetividade, tanto nos homens (55% devitórias em 515 jogos) como nas mulheres (56% de triunfos em 234 partidas).
Mais surpreendente, mas igualmente comum às duas categorias, é o saldo positivo que os mais jovens conseguem: nos sub-20, os homens têm 52,6% de sucesso, enquanto as mulheres conseguem 51,6%.
O último ponto similar, está nos mais veteranos. Olhando para os atletas com mais de 40 anos, constata-se que o rácio de vitórias é quase idêntico para homens (39.3%) e para mulheres (40%).
Em tudo o resto, há, no entanto, diferenças acentuadas, que podem ser justificas por uma das diferenças entre o padel masculino e feminino: entre os homens o desporto é mais físico; entre as mulheres mais técnico.
Assim, se na competição masculina a taxa de efetividade só é positiva nos escalões de sub-20, 20-24 e 25-29 – entre os 30 e 34 cai para 38,8% -, na feminina não existe qualquer quebra após ser ultrapassada a barreira dos 30 anos.
Há, até, a curiosa particularidade de haver um paralelismo nos resultados obtidos pelas mulheres nas faixas dos 20 e dos 30 anos: 20-24 (45,6%) e 25-29 (56%); 30-34 (44,7%) e 35-59 (55,8%).