Já não aparece no número 1 nos rankings, mas continua a ter um carisma sem igual no mundo do padel. Aos 34 anos e após algumas más opções, Paquito Navarro voltou a conseguir marcar presença assídua nos jogos decisivos dos principais torneios e, em entrevista ao jornal espanhol AS, diz “ter a sorte” de ter ao seu lado “o melhor jogador de direita”, que o obriga “a colocar pilhas” em todos os jogos.

Nos últimos cinco torneios que disputou – três do World Padel Tour e dois do Premier Padel – conseguiu disputar três finais e, isso, resultou num novo balão de oxigénio para Paquito Navarro.

O espanhol, em entrevista ao AS, admitiu que nos últimos tempos encontrou poucos motivos para dar entrevistas – “Ia falar de misérias?” -, mas que “agora é diferente”: “A maré baixa passou. Disseram que estava acabado, que era um ‘pacote’, mas aqui estou eu: uma final WPT e duas finais Premier”.

Na origem do regresso aos bons resultados está, sublinha Paquito, o seu novo aliado. O sevilhano disse “ter a sorte” de jogar “com o melhor direita do circuito”. “O Chingotto coloca-me pressão y obriga-me a pôr pilhas para estar ao nível dele em todos os jogos.”

Sobre as decisões que tomou no passado, Paquito disse que se não tivesse experimentado jogar à direta, o que fez em 2022 com Juan Tello, “seria sempre uma assinatura pendente”. “Agora sei que a experiência não foi boa, apesar de ter vencido um torneio com o Tello”, referiu.

Admitindo ter “um carácter complicado”, por ser “exigente e competitivo”, Paquito Navarro comentou a rapidez com que muda de parceiro. Sem ter pudor em admitir que foram Sanyo e Di Nenno que optaram por romper as duplas consigo, explicou que o fim da parceria com Juan Lebrón “foi de comum acordo”.

Paquito analisou ainda o futuro do padel internacional, dizendo que “não é possível” continuar a jogar “dois circuitos com 35 torneios”, mostrando, por isso, esperança que surja um acordo entre o World Padel Tour e o Premier Padel.